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DROGA: A COOPERAÇÃO PODE SER UMA SAÍDA NA PREVENÇÃO

Comportamento Droga: A cooperação pode ser uma saída na prevenção

Outro dia li no pára-choque de um caminhão a frase: “Adote seu filho antes que um traficante o faça”.Refleti então sobre o assunto: por que os pais têm dificuldades na prevenção anti drogas, e quando se dão conta, o filho “já foi adotado pelo traficante”, ou “já se envolveu com alguma droga mesmo que lícita”. Ocorre que justamente na fase da adolescência existe uma mudança de comportamento, e os pais se confundem, acreditando na “personalidade forte” ou no “mau gênio” dos filhos. Mas para detectarem realmente o processo de rebeldia que acompanha o adolescente, um trabalho anterior deve ser instalado, a cooperação da criança em relação às ordens dos adultos. Pais e filhos necessitam doar-se em conjunto nas tarefas do dia a dia do lar, nas brincadeiras, e na maior parte das atividades onde isso seja possível . O filho entende e participa, sentindo-se parte daquela família, importante para as pessoas, e coopera, isto é, inicia o processo de ação com a supervisão dos pais, sentindo-se útil, amado e seguro. Principalmente aprenderá a ouvir, entende

r e confiar nos pais. Na adolescência, seu “processo rebelde” tem a lógica de torná-lo uma pessoa independente e capaz de assumir e gerenciar sua própria vida. Nessa fase esse processo é deflagrado e se tudo sair bem, na juventude, já teremos uma pessoa responsável, que agora opera, isto é, toma atitudes, ações e as executa sozinha.Ao percorrer esse caminho percebermos um adolescente cheio de vida, ansiando a independência e fazendo o possível para obter êxito, estudando, preparando-se profissionalmente e transitando entre a família e os amigos. Se tomarmos um caminho diferente e não ensinarmos a cooperação, não haverá uma operação eficaz; não se sentirá importante para os outros e nem amado. O adolescente não terá uma boa auto-estima, estando propenso a acreditar que qualquer “porcaria” serve para ele e por fim se sentirá inseguro.Este sentimento fatalmente o levará a procurar alguma forma de compensar esta sensação de menos valia buscando uma “bengala” qualquer: um cigarro entre os dedos, um copo entre as mãos, ou um ato infrator como, por exemplo, comprar uma droga na “boca”. Quando os pais têm um compromisso sério com a verdade, ocupam-se com os filhos mais do que se preocupam; conseguem obter melhor entendimento dos mesmos em relação aos rumos da educação na adolescência, e então terão filhos mais cooperadores que passarão pelo processo da adolescência como todo adolescente passará; porém, estes entenderão melhor os limites da sua curiosidade e terão menos chances de desenvolver a dependência. Vínculos afetivos fortes, onde a qualidade de vida é priorizada, onde momentos de prazer são compartilhados em família, podem contribuir muito para diminuir a incidência de dependentes químicos. Matéria publicada no jornal em 10 de setembro de 2002

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