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DROGAS-PAPO CABEÇA ENTRE ADULTOS


"Papo cabeça entre adultos (Continuação)

A angústia maior que os pais sentem, em relação à prevenção das drogas, é porque não sabem o que fazer para preveni-la. Bom, a campanha da fraternidade em 2001 foi bem clara : é dizer_sim à vida. Como? Fortalecendo a família, porque não há nada que funcione tão bem quanto o bom relacionamento e o diálogo entre pais e filhos cultivado desde cedo, para formar um jovem questionador, mas capaz de estabelecer pontes ex: (entre o consumo de maconha e o crime organizado, o cigarro e o câncer); pontes essas que o farão decidir adequadamente, sem necessidade de "proibir" suas tomadas de decisões. O 1° passo a ser dado é uma revisão familiar, melhorando as relações conjugais,diminuindo os desafetos e as criancices, estabelecendo uma relação mais adulta. E também largando mão dos abusos de algumas substâncias, mesmo lícitas ou tidas como necessárias, do tipo: cigarro, cerveja, remédio para dormir ou emagrecer, lembrando que isso é vício e que as crianças estão aprendendo com seus pais, autonomia ou dependência. É difícil mexer em hábitos, mas é necessário viver bem. O 2° passo diz respeito à paternidade ineficaz, pois vai gerar filhos mimados, birrentos e déspotas que irão apresentar por conta do "temperamento difícil", desordem de conduta, dificuldade nas relações sociais, e até fracasso escolar, quando este estiver intimamente ligado à disciplina e frustrações. Temos bons livros, cursos, palestras, e também os psicólogos para orientação, use esses recursos. Os pais devem acompanhar as etapas de desenvolvimento, com regras firmes e consistentes ( não e sim com sentido lógico ), estar junto ao filho para observá-lo sinceramente, melhorando essa relação, tendo sempre em vista, que o amor é ilimitado, mas a tolerância deve ter limite. Buscar informações correias e atuais sobre todas as questões que surjam (inclusive das drogas ). Lembre-se que ou o seu filho a ouve de você, ou aprenderá erroneamente entre os amiguinhos. Os pais precisam controlar suas próprias angústias e parar de assumir pesados compromissos financeiros só para não dizer Não ao filho, satisfazendo lhe não só necessidades mas os "caprichos". O filho precisa que os pais o ajudem a tolerar frustrações, isto é, aguentar o não, pois só assim ele poderá dizer não às drogas. Essa "pena" que os pais sentem dos filhos, por serem filhos deles, é uma das grandes causas do insucesso da educação desses mesmos filhos, que enfim, na adolescência serão uns "coitados" (pois os pais assim determinaram), desajustados. E esses pais falarão mal dele amanhã, coitado... Serão relações fadadas no mínimo, ao cinismo, um dos maiores males da humanidade. O filho precisa ter certeza de que a vida é boa, inclusive a vida adulta, para querer crescer, e não só cheia de obrigações, encargos e pesadas pedras. O mais importante não é o que se fala (evite os sermões ), mas, o que se faz diante do jovem. Sabemos o quanto é desgastante aos pais dar o suporte necessário ao filho adolescente, porém não há como pular a etapa do monitoramento, portanto pergunte ao filho: onde vai, com quem e quando volta. Perceba que o filho não aceita discurso, mas clama por diálogo, participação e atenção. Dê isso a ele. Engaje-o em atividades assistenciais religiosas, comprometa-o com as tarefas do dia-a-dia do lar, com os movimentos de cidadania, reivindique o funcionamento dos grémios nas escolas. Faça-o sentir pessoa atuante e de sucesso, além das notas da escola. Enfim, dê a ele vida, essa é a "boa vida"saudável e compromissada, envolvida de vínculos afetivos, de esperança no amanhã, e fé em Deus. Matéria publicada no jornal dia 10 de maio de 2003

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