top of page

VOLUNTÁRIO- UM ATO HERÓICO


Ser voluntário, um ato heróico!

Dentre outros comportamentos, sabemos que para realmente seguir Jesus, se faz necessário a ação. A ação evangelizadora, isto é, de alguma forma levar o amor, mas o amor que Ele nos ensinou e da forma como nos amou. Ernesto V. Moral (no artigo de nosso jornal número um) escreve que deveria haver uma motivação interna, um desejo para participar das causas sociais espontaneamente e, assim, doar algo que se possua e que faria a "grande diferença", refletindo em um mundo mais justo. Padre lolando (Jornal santa Terezinha, número quarenta e um) lembra ainda que as exigências do trabalho voluntário devem estar subordinadas à oração; alimentada pelo serviço e pelo amor, num ambiente de paz, confiança e alegria entre os membros e que são chamados a serem servidores da comum união. Temos necessidade do espírito do Cristo para aprendermos a "lavar os pés um dos outros", como num exercício de autoridade contrária à necessidade de imaginar-se superior ou dominar os outros. Como percorrer esse caminho? Nós, seres humanos, somos movidos a desejos e sempre temos a intenção de receber algo com nossos gestos dou para que me dês, realizes o meu desejo. Já no caso do voluntário, deve haver uma renúncia total dessa intenção e a frase precisa ficar assim – dou para que sejas feliz e abro mão do que me darias - o que é sacrifício. Para ser capaz de um auto-sacrifício, a pessoa necessita ser livre e mostrar que é dona total de suas próprias vontades, renunciando consciente e premeditada mente. É a pessoa que decide movida por uma instância que está acima da individualidade dela, num exercício da autoridade sobre si mesma, não sobre outros, e que a leva a abrir mão de satisfações pessoais. Neste ponto, querido leitor, devemos reconhecer que é um ato muito mais difícil do que se possa pensar. É um ato heróico, desenvolver um logos (lógica) diferente do desejo, uma força do Espírito, que rompe as barreiras, transcende e conduz à cidadania e espiritualidade. Para ser voluntário, não adianta ter passado pelas melhores universidades. É necessário passar pela "Escola de Jesus", onde o maior sucesso não está fora do homem, mas na conquista do terreno de dentro de si mesmo; do conhecer-se e reconhecer seu egoísmo, equilibrando-o com o altruísmo e, só então, a pessoa terá condições de lançar-se na atividade voluntária como as propostas de Ernesto e P. lolando. Talvez isso explique porque, em geral, temos tão poucos voluntários, mas o que anima é que para ser, basta querer ser. E vamos à luta ! Matéria publicada no jornal dia 10 de fevereiro de 2003

Recent Posts
Archive
Search By Tags
bottom of page