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EXPERIMENTANDO A CONFRATERNIZAÇÃO NO NATAL


O Natal é a época do ano onde acontece o que poderíamos chamar de FENÔMENO DA CONFRATERNIZAÇÃO. É um momento magnífico de união, solidariedade, e manifestações do bem. Corações generosos abrem-se para socorrer os desfavorecidos, há uma troca de afetos e de presentes, um cheiro de perdão no ar e até os que se dizem não cristãos, sentem-se contagiados e embarcam nesse clima. E mesmo nesse fértil terreno de paz na terra, um assunto ainda conserva um gosto amargo e penoso: encarar com afeto alguém que um dia nos magoou, que não desculpamos, mas que estará na comemoração do Natal conosco. Uma vez que estamos embarcados no clima da confraternização , sentindo disposição para perdoar toda a humanidade, por que surge esse sentimento de aversão ao outro? Por que a pessoa não consegue fazer um bem que deseja? Para entender mais é necessário falarmos, num primeiro momento, das imagens que temos de nós mesmos, imagens essas formadas a partir da nossa auto- estima; num segundo momento, falarmos da imagem que temos dos outros, formadas a partir das máscaras (persona) com as quais nos apresentamos ao mundo. Essas máscaras necessitamos utilizar socialmente às vezes para uma adaptação , um revestimento do Eu, e tem caráter inconsciente. Usamos máscaras quando temos dificuldades com a nossa auto- estima, mas não sabemos quais máscaras usamos e nem as escolhemos. Quando um indivíduo não gosta de si mesmo( baixa auto-estima), ele vai procurar passar uma imagem, mostrar aos outros um indivíduo do qual ele goste, uma imagem irreal de si mesmo, uma máscara "boa" e começa a investir nessa imagem irreal, que pode ser muito diferente da real ( a real só aparece para os íntimos quando ele se descontrola ). Vamos criar um personagem para exemplificar o surgimento de uma persona, mas atenção: um único indivíduo pode ter mais de uma persona. Trazendo no exemplo, um chefe de família que poderá ser um "cordeirinho" na igreja, junto aos amigos, no trabalho perante o chefe; e um "lobo devorador" da esposa e dos filhos em casa, cheio de rancor, desafetos e autoritarismo. Neste caso, o indivíduo estaria com dificuldades para limitar a tendência agressiva primária nele, não gosta de ser assim. não se controla, e como única saída, numa defesa, coloca se na persona de cordeiro para ser aceito socialmente, mas na família a "máscara pode cair" Ele passa a ideia de bom, que concorda com tudo, controlado, e sabe que o consideram legal por isso. E ele se considera uma maravilha (ama uma imagem irreal de si mesmo). Aqui está acreditando em sua própria mentira, o que lhe trará a idéia de ser quem não é. E não terá ações de mudança pois não necessita mudar, já é bom o suficiente. Em contrapartida, ao julgar o outro, o processo parte "das más ações" desse amigo. Nesse caso ele não leva em consideração as intenções nem ações posteriores que sinalizam as mudanças de comportamento. Nesse momento, podemos perceber como a imagem do outro é mais próxima do real, e mesclada aos nossos sentimentos de rancor, o outro parece ainda pior. O nosso julgamento é duro, implacável e impiedoso. Para tomar consciência de sua própria máscara é necessário percorrer o caminho inverso de quando ela se instalou. Lembrar que seus pais eram limitados, e se não fizeram mais por sua auto - estima, foi porque não sabiam da importância do elogio.

  • Redescobrir seus reais valores e admitir seus fracassos é um bom início.

  • Resgatar o conceito de auto-estima.

  • Admitir que não somos tão poderosos quanto gostaríamos de ser, é parte do processo

  • A aceitação de nossas limitações é indispensável para nossa inclusão no "mundo dos humanos e mortais, dessa vez, sem máscaras".

  • A partir disso, estará mais perto da humanidade do outro, para vê-lo com menos distância, e mais complacência.

Este são os elementos básicos que devem ser trazidos à luz da razão para a construção de uma auto- estima positiva permitindo ao indivíduo fazer o bem espontaneamente, e experimentar a confraternização, a solidariedade, e o perdão cristãos, sempre! Você já percebeu quais são as suas máscaras? Então, ação! Comece a livrar-se delas hoje. Faça neste Natal todo o bem que você deseja, seja feliz. Matéria publicada no jorna dia 10 de dezembro

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