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SAÚDE - REINICIANDO UMA NOVA HISTÓRIA


Antenor chegou em casa arrasado, fazendo um esforço descomunal para caminhar. A sua fronte estava suada, e carregava estampado em suas feições, o medo. Seguiu em direção ao quarto e trancou-se. A esposa bateu à porta, mas ele carregado de desespero e raiva, gritou: - Não me aborreça, deixe-me em paz... Os dois filhos, adolescentes, aproximaram-se aturdidos com a cena, e a mãe, angustiada, lhes disse: - Papai ficou sabendo hoje o resultado dos exames que fez! Ouviram então barulhos de chutes, murros nas portas dos armários, e um desabafo ecoou ; isso não pode estar acontecendo comigo, não agora, NÃO... (Silêncio) Uma das situações que mais paralisam o indivíduo é constatar que está com uma doença tida como "incurável". Pensamentos sobre o destino da família, das responsabilidades todas assumidas, e a sensação de estar convocado a abandonar tudo e todos, instalarão sentimentos de forte medo, muita raiva, e a não aceitação do fato. Em seguida, será acometido pela depressão, e uma tristeza profunda o abaterá. Prepara-se então para morrer, como se fosse decretado a sua sentença de morte com o dia marcado. Estar ao lado para deixá-lo falar sobre essa angustiante realidade, é de fundamental importância. Os familiares não devem comportar-se como se nada estivesse acontecendo, ou dizendo que não é nada. O paciente quer chorar, expressar esse medo, e a família precisa proporcionar-lhe esse espaço. Segundo a psicóloga Rose Campos, em sua pesquisa, a pessoa levará em média cem dias após a notícia, para se resgatar, LANÇAR MÃO DE SEUS RECURSOS INTERNOS, e poder enfrentar a realidade, quando então surgirão outros pensamentos e sentimentos. Estar em contato com pessoas que passaram por uma experiência semelhante e já a superaram, é outro aspecto importante para o processo, agora em direção à busca da solução para o problema - a cura. As doenças acabam sendo uma reação do contexto relacional e das atitudes da pessoa consigo mesma frente à vida, e que são altamente significativas para determinar sua saúde, e as pesquisas de psicossomática demonstram que há uma relação entre essas experiências e a saúde. Maneiras distorcidas de se perceber ou aos demais, poderão prejudicar o equilíbrio do corpo, afetando-o na área de maior concentração da energia que essa situação produzir (mágoa, raiva, tristeza...). Ao abordarmos a pessoa doente devemos ter em mente não apenas suas limitações, mas suas possibilidades. Numa entrevista, Amyr Klink (navegador) relata que o fato de ser "persistente" lhe ajuda muito, assim como o medo, pois diz "ser muito competente sempre que está com medo". Aplicando essa fala ao doente, sentir-se no fim da jornada poderá conferir-lhe a passagem de volta à vida, pois viver é entregar-se a algo maior que nós mesmos, é entregar-se à totalidade, medo e coragem, vida e morte. Ao seguir o tratamento indicado ao caso sem rebeldia, utilizar a persistência em viver, enfrentar corajosamente a doença, a pessoa transformará aquilo que a consumia em uma convocação para a vida. Por outro lado, estudos através de neuroimagens demonstraram que as pessoas quando têm fé e oram ardorosamente, estimulam mais determinada área do cérebro, tendo como resultado um aumento na sua resistência imunológica o que lhe dará maior chance de cura. Se você, leitor amigo,é um desses convocados, tenha fé Nele e aproveite para conhecer-se a si mesmo, alcançando a humildade e a grandeza na sua jornada, Reorganize sua vida, descubra suas potencialidadese seja mais feliz! Desanimar jamais, você não está só, esse é o seu maior diferencial!! Matéria publicada no jornal dia 10 de abrl de 2004

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