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ADOLESCÊNCIA EDUCAÇÃO - O DESPERTAR DA SEXUALIDADE (SEGUNDA PARTE)


Bem, no artigo anterior falávamos da dificuldade de se introduzir o tema sexualidade nos diversos segmentos da sociedade. E que temos sim, exemplos de conversas banalizadoras e vulgares sobre o tema. Falávamos da incerteza quanto ao que deve ser dito como resposta a uma pergunta infantil, pois muitas vezes a criança tem uma pequena curiosidade e nós acreditamos que está na hora de abrir uma enciclopédia sobre biologia na frente dela, saturando-a com assuntos não pertinentes ainda. E ressaltamos a dificuldade que existe entre os adultos em levar uma conversa séria com seus filhos, pois se percebe que estão despreparados embora sejam casados. E a pergunta é se os jovens de hoje estarão mais bem preparados que os de ontem. A criança passa por um período onde o que a atrai é o outro do mesmo sexo, para brincar, ser amigo e se identificar com os iguais. Criança não necessita do papo bobo: “Você está namorando?” Adulto, se lhe falta assunto, vá percebendo o mundo infantil, e faça perguntas inteligentes e pertinentes, a criança está em desenvolvimento e tem um mundo rico. Ocorre de uns tempos para cá que não dá mais para brincar na rua, e a criança chega à adolescência, entre ficar adolescente e ser criança, substitui o brincar pelo ficar. Então brinca, e fica como vê os demais adolescentes fazerem. Pode ser interessante desde que orientado pelo adulto, guardando respeito a si e ao outro, bem como imposição de limites, sem acarretar conseqüências que sejam irreversíveis. O pré-adolescente descobre assim um universo novo, a convivência com o outro com suas preferências e diferenças na personalidade, mas ele vai até onde aprendeu (ou não), e como sua auto-estima permitir. Conversei recentemente um pai de um jovem universitário com 24 anos completados. Esse pai queria uma opinião: sua esposa o incentivava para que falasse sobre paternidade responsável para o filho acreditando que era a hora. Ele, tímido não conseguia falar. Eu não sei o que esse pai pode fazer por seu filho, mas sei o que pode fazer por si: estudar melhor o que se passa com seus sentimentos, fazer auto-análise, e tentar ser pessoa, saindo da massificação, nessa nebulosa em que vive até hoje nesse assunto específico. A hora não é aos 24 anos, é desde o nascimento. Nós temos desenvolvimento sexual desde a gestação, e aos 14 ou 15 anos, as etapas de desenvolvimento biológico estarão terminadas. Ele não se deu conta do crescimento do filho. Quem nunca falou até aí, não fala mais, pois seu filho já desenvolveu a sexualidade maliciosa, não falada, e não vai querer ouvir de você algo piegas e mal preparado O jovem quer argumento real, sem subestimação de sua inteligência. Percebe-se pelo exemplo que, uma das grandes preocupações dos pais é dar aos filhos orientação quanto às doenças sexualmente transmissíveis, e sobre gravidez indesejada. Mas gente, isso é o final, o objetivo último da sexualidade, não dá pra começar pelo fim, não acham? Os pais estão descrentes que seja possível nos dias de hoje, os seus filhos não se relacionem sexualmente antes do casamento. Por isso desanimam, colocam a questão de lado, e “deixa a vida levar”. Se todos pensam assim, isso se tornará um comportamento natural adotado por todos. Conversava recentemente com uma jovem de aproximadamente trinta anos que dizia ser discriminada entre um grupo de jovens por ter namorado e preservado a virgindade. Se não confiou, é porque pensou. Friamente observado, podemos perceber que uma relação sexual é composta de um ato forte e violento, tanto que se não há consentimento de uma parte, chama-se estupro e é caso de polícia. Então o leitor se pergunta agora: Qual é a essência? Enquanto você pensa com sua família sobre isso, vamos organizar a conclusão dessa matéria, tentando responder àquela questão inicial do ser ou não mais bem preparado hoje. Até o próximo mês! Matéria publicada no jornal dia 10 de julho de 2008

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