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TROCANDO EXPERIÊNCIAS


Tornou-se comum o pensamento de que o estresse é coisa nova, dos tempos modernos. Mas não é, pois o homem primitivo vivia constantemente um grande estresse para sobreviver aos predadores e para se alimentar. Nos dias atuais podemos ainda constatar esse fato, tomando como exemplo os animais que vivem soltos em seu habitat natural, cujo estresse é maior do que o estresse dos animais bem acomodados no Jardim Zoológico.

O que queremos abordar desta edição é um problema decorrente do estresse, a raiva que explode, aquele pavio que fica “curto”. Nada mais do que a raiva contida, produzida pelo estresse. E mediante uma situação qualquer, menos confortável, como um sujeito dotado de raiva se comporta? Com agressividade. Quando dizemos, “eu estourei, soltei os cachorros”. E não dá para se ter bom desempenho quando se está dotado de raiva, não é? No mínimo a gente fala o que nem pensou, sem se importar com o sentimento do outro. Nesse momento, pessoas pacatas, do bem, podem chegar até a agressões físicas. Parece que em nome da raiva provocada pelo estresse nos damos o direito de ofender ou magoar as pessoas. “- Depois é só pedir desculpas e fica tudo bem outra vez, afinal é meu filhos, meu marido, eles já conhecem meu jeito e sabem que eu não guardo raiva!” Você está pensando assim porque quem ofende esquece, mas quem ouve a ofensa lembrará sempre. Palavras marcam mais do que tapas. A proposta que trago neste mês se refere à mudança de comportamento, fazendo de você, uma pessoa mais habilidosa.Sem contar que você deixa de ser inclusive uma das fontes de estresse para o outro. Você pode dar uma forma ao seu discurso que não traga consequências negativas para quem o ouça.

Aí estão algumas dicas práticas que podem ser adotadas:

  • Só diga coisas nas quais acredita profundamente, e fale olhando nos olhos dos outros.

  • Pense sobre o assunto e tenha argumentos, seja inteligente, com um discurso coerente.

  • Ouça o que o outro quer dizer, para se defender ou não, mas não o interrompa,espere que conclua, seja educado.

  • Se não souber claramente o que você quer, não poderá se expressar com clareza, e o outro poderá não entender.

  • Seja flexível, discuta em tom baixo e tente um acordo.

  • O objetivo é identificar os seus direitos, e não negar o direito dos outros.

São dicas para serem seguidas sempre, até que se tornem condutas inerentes a você. Dessa forma isto é, de fora para dentro, você estará controlando a raiva. Quando for inevitável passar por estresse, se você mudar o comportamento na linguagem, mesmo nervoso a sua comunicação terá um cunho amoroso.É o que falta nas relações atuais esse ar amoroso, não concorda comigo, leitor? Você descobrirá outras formas de comportamento que surgirão a partir dessas dicas. Conviver com o que se gosta e com o que não se gosta é necessário. Mas se não dá para controlar a língua com as pessoas que amamos, como queremos alterar sentimentos profundos, como o perdão, em relação àquelas pessoas que desgostamos? É fácil o amor falado, mas é difícil controlar a raiva quando a sentimos e poder manifestá-lo, pois como dizem os Titãs em sua música, o que existe antes do amor são as provas de amor.Não basta ser educado apenas uma vez, ou quando você assim o desejar, estiver bem. É necessário que esse comportamento amável cresça e evolua. Por isso deve ter manutenção constante. Mas depende de você acreditar que é um bom valor, que você quer tê-lo, para que seja incorporado como se fossem velhos valores próprios. Ser educado alivia o estresse dos demais em seu entorno, inibe outras pessoas a se estressarem com você, e permite mais alegria no viver. Seja acertivo! Matéria publicada no jornal dia 10 de outubro de 2008

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