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RELACIONAMENTO - A PAZ, É O CAMINHO


A paz, é o caminho Mais um ano se iniciou, e como em todos os anteriores ouvimos com bastante ênfase, a palavra paz. Ela estava em toda e qualquer manifestação carinhosamente as pessoas, “nos escritos poéticos dos cartões, e nas lindas letras das canções”. Todos querem ter e desejam que os outros tenham um ano de paz. Mas afinal, qual é a crença a que essa palavra nos induz? Qual é o significado real e a diferenciação com o simbólico? No dicionário encontramos como definição: ausência de lutas, de violências ou perturbações sociais ou de conflitos entre pessoas. Ainda encontramos, sossego,, serenidade. Poderíamos interpretar, a grosso modo, que a paz está relacionada ao social, e que pouco tem a ver com a gente, uma vez que a maioria das pessoas não é estadista e não faz a guerra.Ou que a paz é um elemento externo, e só a sentimos quando não somos vítimas de violência, ou não passamos por conflitos e perturbações. E estamos torcendo para que não nos façam algo de ruim. Partindo do princípio de que desde que o mundo é como o conhecemos, as guerras e disputas sempre existiram, e observando a desgraça que acomete as pessoas na faixa de Gaza atualmente, percebe-se que as guerras e disputas tendem a continuar. Por outro oado, sempre tem uma situação, quer seja financeira, de saúde, ou um parente amigo, ou vizinho, que de alguma forma nos tira a paz com a suas indelicadezas. Então, quando vamos sentir a paz? Parce que , ao contrário, todos somos campeões em travar verdadeiras querras e várias guerras o tempo todo. Por exemplo: perde o emprego, sente raiva do chefe que o dispensou, mas não percebe que com sua negligência no trabalho, também fez por merecer a dispensa, então remorde o assunto por muito temppo, e pensa – “Que bom seria se alguém fizesse algo ruim para esse chefe sofrer e sentir dor na própria pele”. Ele é o mocinho, o outro o vilão... Perda da paz. O genro foi inconveniente, o sogro não esquece, não se conforma e tem um pé atrás com ele há dez anos... Dez anos de paz perdida. Não deixa o filho morar sozinho aos trinta anos, apesar de dizer que o criou para a independência, então exige dele comportamentos dependentes, formando um confliito interno,entre o querer egoísta e a própria razão, dificuldades em aceitar a situação, perda da paz. Perde a paciência com o idoso, crianças, demonstrando em atitudes ou palavras seu instinto violento... Perda da paz. Gastou mais do que ganhou, recebe cobranças... Perde a paz. A paz não é algo que se recebe de fora, pois se assim fosse, não poderíamos alcançá-la.. esses exemplos citados, assim como a maioria dos percalços que encontramos na vida, faz parte do viver. São formas de encarar o cotidiano, vão acontecer, mas NÃO VÃO TIRAR A PAZ, SE VOCÊ A TIVER. Pois a paz é um estado de ser – ou a gente sente ou não sente, independentemente dos conflitos que se passam fora de nós. Em verdade a paz não combina com nossas lutas e conflitos de ordem internos, e enquanto tivermos um, não teremos a outra. Paz tem a ver com o controle de nossa própria violência e da manifestação do que há de melhor em nós, através de nossos sentimentos. Para isso, necessitamos de muita reflexão sobre nós mesmos. Paz é necessária e deve ser sentida individualmente, independente dos conflitos externos. Porém, devemos lembrar que o mundo que conhecemos, a sociedade tal como se configura, nada mais e do que a manifestação da paz, ou da falta dela, individual, que se fez coletiva.. É a somatória de todos os sentimentos de paz interior de todos os povos que trará a paz mundial, manifestada em harmonia entre esses povos. Aqui, cada um entra, a seu modo. Como pequenos grãos de areia, mas que juntos podem fazer uma grande duna, e que pode ser de paz. Se não há paz no mundo, é porque não há paz nas pessoas, em cada um de nós, e não ao contrário. E como bem diz o Aurélio, sinônimo de paz é sossego, serenidade. Esta última é decisiva para um bem viver. Pessoa serena possui centragem, equuilíbrio, menor rigidez e mais abertura à verdade das outras pessoas, administra adequadamente os seus conflitos internos, não faz guerra. Quando sublima sua violência, sabe expor o melhor de si, gerando o melhor do outro como resposta. Dá para concluir que o significado simbólico é muito maior, e se desejamos a paz é porque sabemos que mesmo não a tendo, é tudo de bom. E quando desejamos a paz do senhor esteja contigo, poderíamos dizer de outra forma também – que você esteja com a mesma serenidade quanto o teu senhor é sereno. Vocês vão pensar que isso é impossível. Não pense no final da caminhada e sim no fato de que estar no caminho é o fundamental, é o que lhe trará sapiência, saúde e longevidade. Daí se poderá entrar no uníssono da paz mundial, e quando formos muitos... Ah! Quando formos muitos... Matéria publicada no jornal dia 10 de fevereiro de 2009

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