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AGRESSIVIDADE NAS ESCOLAS


Eu vejo um Brasil assim: Igualzinho na vida , quando os pais, ignorantemente elegem os filhos como alvo de disputa, e os ferem na medida em que querem ferir o cônjuge , os partidos políticos brigam para deter poder e outras situações escusas, e sua violência atinge diretamente o povo brasileiro que paga o pato. A violência existe, faz parte do ser humano, porque não somos harmônicos em sociedade. Existe um conflito entre a singularidade dos desejos de cada um, e a necessidade que a sociedade tem de controlar e organizar essas singularidades, para a convivência, coisas como educação, trabalho, lazer, cultura. Num estudo sobre violência juvenil, publicado na revista Viver Psicologia, há uma citação de Freud sobre o assunto que diz: “ A violência surge do sacrifício que cada um tem de fazer pelo bem comum. Sabemos que a sociedade regula mal o que se exige de cada um de seus membros, onde há um sacrifício enorme de uma parcela carente de tudo”. Nesse pensamento podemos observar que, para a satisfação dos desejos de uma das partes, depende a opressão da outra parte. É de se esperar que as pessoas oprimidas desenvolvam uma hostilidade com a sua cultura, na medida em que elas conseguem viver do seu trabalho, porém, não conseguem ter nada além daquele mínimo de sobrevivência. Freud afirma inclusive que uma civilização que deixar um número grande de pessoas nessa insatisfação, não pode ter uma existência duradoura, pois impulsiona- os para a revolta. De outra parte, um trabalho premiado pela UNICEF –“ Traçando Caminhos em uma Sociedade Violenta trás uns dados que também nos chamam a atenção; -80°/ das famílias de violentos, os pais são separados, ou as mães são solteiras. São famílias de baixa renda. Na maioria, a mãe sai para trabalhar, e os filhos mais velhos cuidam dos mais novos. Acarreta para o primeiro filho muita responsabilidade , e aos outros menores, a carência de orientação educacional, moral e afetiva. Essas crianças ingressam cedo na vida profissional, ausência de pai é constatada e pior que isso, além de não haver uma figura masculina parental forte com quem a criança possa se identificar, há os pais e padrastos violentos, que distribuem os maus tratos dentro de casa. Os futuros infratores são aqueles que tendem a negar ou minimizar a agressão sofrida., como mecanismo de defesa., para não sofrer. Com isso fica refratário e passa a considerar aquela situação como normal. Por isso pode repetir mais tarde o mesmo comportamento violento e quando acontece, 90/° dos entrevistados, não demonstram arrependimento ou pena da sua vítima. -Outro dado, 80/° deixaram a escola antes de completar a segunda série do ensino fundamental. A escola não supera à essa população, as expectativas no que diz respeito ao seu papel formativo. - Ainda, a violência doméstica é caracterizada pelo abuso sexual, fisco ou psicológico a um só tempo. Se o menor aprendeu a resolver os problemas com violência, reproduzirá a violência. - Sairão dessa situação os menores que nascerem com mais inteligência, apesar da alimentação e conseguirem maior desempenho escolar. -Junte-se a tudo isso o fato de que existe uma tendência sádica que todo ser humano carrega, mas em diferentes proporções. Segundo Fuerstenthal, (psicólogo Br.),, fez a afirmação que “ De todos os animais, o homem é de longe, o mais brutal, porque é o único capaz de ferir e matar sem necessidade”. E Forbes,( psicólogo Br.)., também afirma que : a verdade é que parecemos vagar no desvão entre uma estrutura social que não nos cabe mais e rumamos para uma outra estrutura, incógnita” Silvia Helena Koller( Br.), afirma que essa forma de vivência doméstica gera segundo suas pesquisas na antiga FEBEM, um estresse muito alto, pois a tudo isso acrescente-se o uso de álcool e drogas. As medidas de “bolsas” que são adotadas só fazem reforçar cada afirmativa dessas, pois não há chance de sair do sistema. O dinheiro escoado pelo ralo da corrupção é enorme, impostos e juros altos, e as políticas públicas são deficitárias, Eu lanço ao senhor leitor, uma única pergunta, baseada no fato de que, ou somos os oprimidos ou somos os opressores e que precisa responder para si mesmo pelo menos: Qual é a parte da violência vivida por todos hoje, que cabe a você? Matéria publicada no jornal dia 10 de agosto de 2011

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