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MUNDO PARA PARA COMEMORAR O SEU NASCIMENTO


Com amigos, bem como no meu espaço de trabalho noto um incômodo quando algum discurso se refere a bondade e religiosidade. Algumas pessoas acreditam que sendo religiosas, para serem boas devem ser meio bobas, não reagentes, omitindo a opinião para assim ganhar o reino de Deus. E que Deus "vê seus maus pensamentos", sabe das suas intenções de ira, do seu desejo de vingança, acreditando ainda que Deus vai lhe castigar.( O tal castigo divino que não vem a cavalo, pois é lei de causa e efeito). Essas pessoas querem se colocar numa forma, a dos bons cristãos, mas essa é permeada pela crendice. O que vemos então são pessoas dissimulando suas emoções, torcendo para que Deus castigue seus inimigos inclusive, porém, feito dessa maneira não pressupõe o entendimento e aceitação da inteligência que Jesus queria mostrar a nós, e sim repressão de antigos valores, adoece dores e portanto, a manifestação de uma desinteligência. Sabemos que tudo o que é reprimido sai, não adianta, e sempre de maneira tosca. Por exemplo teremos verdadeiros “críticos sociais do mau”, “moralistas ferrenhos de falsa moral”,” pseudos assexuados, com perversões sexuais”, etc. Infelizmente também encontro no percurso da minha profissão muitas pessoas que por darem esse caráter humano a Deus, têm mais medo Dele do que “do concorrente”. Comparando, participo de homilias maravilhosas, e aqui nessa igreja especialmente temos um monsenhor de mente aberta e ideias claras, conclusões reais, discurso coerente, tudo de bom. Mas as pessoas arraigadas em suas antigas ideias, nem sempre são boas entendedoras, e o grande mal está em aproveitarmos o que o padre fala segundo a nossa conveniência. E a nossa conveniência é permanecer no sistema antigo. Isso acontece porque estamos acostumados a ficar sempre na nossa defesa, e não ouvimos senão a nós mesmos e só as nossas verdades, sendo que o diferente descartamos antes de passar pelo julgamento crítico. Não gostamos de mudanças e vejo algumas pessoas que na homilia até preferem rezar o seu terço. Nada contra a oração, mas isso é o que chamamos de” resistência”, ausentar-se mesmo estando na presença, não ouvir, não ir, permanecer em si. E a permanência final está naquela “crendice” de cristão meio ‘bobo”. Mas como seria a legião de cristãos que Jesus tinha em mente? O que ele nos mostrou? Neste mês quero então compartilhar com você as leituras que fiz sobre algumas funções importantes da inteligência humana, e associá-las com o audacioso projeto transcendental de Jesus, baseado além de outros pensadores, em Augusto Jorge Cury. (escritor) Podemos começar ressaltando o pensamento da dominação hierárquica, pois a hierarquia seguida por Jesus era o oposto a que conhecemos hoje. Nós no nosso pensamento lógico acreditamos que o maior, e mais inteligente, e mais estudado, etc, detém as soluções e deve mandar, e quem manda precisa ser servido e poupado (até das penalidades jurídicas); no pensamento inteligente de Jesus é diferente, pois quem tem mais, o maior, é o que mais serve, é o que é mais honrado, o que é mais correto, e que mais se preocupa com os outros. Quanto mais inteligente, mais simples e servidor. Enquanto pregava que tinha o segredo da eternidade, (coisa que ninguém mais possui),também se humilhava a ponto de lavar os pés dos amigos, pescadores simples, e inexpressivos àquela sociedade. Interessante notar que no nosso tipo de inteligência enaltecemos os famosos, os que tem expressão social e financeira, mas ele enalteceu esses pescadores que não tinham qualquer qualificação. Os professores desistem com facilidade de alunos rebeldes, os pais desanimam, quando não, abandonam seus filhos problemáticos, ou envolvidos em dependência química; os executivos excluem os funcionários que não se enquadram na filosofia de trabalho, ninguém quer nenhum sofrimento e se afastam dos que os causam. É o nosso pensamento inteligente. E Jesus, foi traído por umas moedas, negado por Pedro, mas ele não excluiu, não condenou, não criticou, não negou nem desistiu de ninguém. Inclusive no seu julgamento, sofrendo injustiça e humilhação, clareava inteligentemente as ações de seus algozes, orientando os pensamentos deles com perguntas e afirmativas, do tipo –“ você tem poder porque meu Pai te deu” ( sabedor que esse homem não era querido em Roma), ou quando diz –“ me aponta o meu erro ou me explica porque estou apanhando”; Ou-“ você diz isso por si mesmo ou por que ouviu dizer”. Bem, eis aí a manifestação de uma estrutura de pensamento forte e centrada, coerente e muito, muito sábia. Entendo que Jesus não queria produzir ao seu redor pessoas de EU frágeis, inseguras, e intolerantes às frustrações. Muito menos “bobinhos” e omissos Nem pensar em repressores de suas emoções . Dentro de seus princípios inteligentes e incomuns, ele queria virar do avesso o ego de cada pessoa, cada pescador, cada inculto, para que se vacinassem contra a competição predatória e contra as raízes do individualismo. Procurava ensinar aos líderes o prazer em servir, em se doar. Ele estimulava nas conversas, parábolas, ensinamentos, a inteligência das pessoas para que se livrassem da ditadura do preconceito, para que fossem abertas e Ele já praticava a inclusão, falando das mulheres, pecadores, cobradores de impostos, viúvas, doentes. Queria ensinar aos líderes que se amassem mutuamente. Segundo Augusto Cury, “ele não queria melhorar ou reformar o homem, mas PRODUZIR UM NOVO HOMEM”. Ele queria colocar todo ser humano numa academia de inteligência, numa escola de sábios. Foi tentado no deserto e mostrou seu desapego e sua grandiosa coragem nessa e em todas as suas pregações, e nunca incentivou o medo ao concorrente, pois com bravura o venceu, nem o medo ao Pai, mas incentivou o AMOR do Pai. A inteligência de Jesus ultrapassa qualquer limite da nossa imaginação, não teria como um homem do senso comum inventá-lo, tamanha a sua ousadia no seu projeto novo para a humanidade. O mundo inteiro para, para comemorar o seu nascimento em dezembro, mas a maioria das pessoas não tem consciência de como ele foi uma pessoa intrigante, sofisticada e complexa. Mesmo se não houvessem os milagres, seus gestos e pensamentos, foram tão surpreendentes, que ainda assim, ele dividiria a história. Depois dele, nunca mais a humanidade foi a mesma, pois ele nos inquietou na nossa mesmice, embora eu disse de início da nossa resistência em rompê-la. Perceba leitor, todo o dinamismo, a coragem, a modernidade, o amor para com os homens, a força dessa personalidade, e o desempenho em correr atrás daquilo que ele acreditava, que era formar um homem melhor! Agora vamos parar para comemorar seu nascimento, e aproveitar para abrir nossa inteligência, estimulá-la, parar com as crendices, e “entrar na fila” para que em nós se produza esse homem de inteligência superior que Ele nos mostrou - o novo homem! Um Natal iluminado e inteligente a todos. Matéria publicada no jornal dia 10 de dezembro de 2011

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