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FILHOS, QUANDO E O QUE FALAR?


Filho respeita teu pai; Pai, não suscite a ira de teu filho Efésios c. 6, ver. 1 a 4

Seja qual for a etapa do desenvolvimento, as perguntas constrangedoras, as correções educacionais, as conversas sérias os elogios, as amenidades, farão parte do compartilhamento diário entre pais e filhos. É o desenvolvimento deles dependendo das relações e do diálogo constantes. Em minha opinião, baseada em experiências, vejo duas situações como as mais difíceis de realizar. A primeira amigos, é ser cristão com verdade, porque Jesus como pai é exigente, quer que a gente desenvolva a nossa excelência como pessoa humana, e que cada um dê o seu melhor, inclusive que eu e você amemos até os nossos inimigos. Que tarefa ele nos dá, não é? E a segunda situação mais difícil como seres humanos na minha opinião, é nós criamos nossos filhos, pois não há forma certa para os pais da terra, não sabemos o que exigir deles, não há formação para tal, e é no caminho que se faz a caminhada. Às vezes nos distraímos , trocamos o fim pelos meios, nos cansamos , Teremos de criá-los concomitantemente aos nossos problemas, trabalhos e frustrações . Porém, se algo não sair certo, você perceberá só depois de uns trinta anos, e querer reverter o quadro é bem complicado, embora não seja impossível. Dotados de inteligência desde sempre, na concepção já somos seres capazes de captar os sentimentos da mãe e sons do ambiente e ao nascer somos seres altamente vulneráveis, porém, “ o computadorzinho” já está recebendo programações. O choro do bebê anuncia uma necessidade dele, e perceba, leitor, que estamos já há nove meses num bom diálogo com um reivindicador irritado , exigindo “seus direitos” aos berros. Os anos se passam e além dos berros os assuntos, vão depender da capacidade dos responsáveis para se doar a este universo infantil e penetrar nele. Você falará de tudo o que for interessante e necessário ao mundo da criança, das descobertas de um mundo mágico e excitante, na orientação que os pais darão através dos aprendizados do viver. A criança nasce o ser natural, mas passará de ser natural a ser social em alguns anos, numa tarefa exaustiva para os dois lados. (criança sofre!) Os diálogos precisam ocorrer de forma positiva, para que ela tenha bons motivos para assimilar as orientações que cada família deseja passar. Mas lembre-se que seu filho precisa saber o que você pensa, e com firmeza, pois a dúvida o confundirá. Uma forma de não deixar dúvida é você estar atento ao que diz e confrontar com o que você executa. O exemplo contará muito mais que qualquer sermão maravilhoso. Quando você necessitar dar-lhe um sermão, estará falando das suas próprias falhas como pai, do que deixou de falar ou fazer. Quando ouve o que seu filho fala, estabelece a ação de ouvir, com o seu exemplo, e ele aprenderá a lhe ouvir e também o fará no futuro. Adolescência é a fase onde ele precisa acreditar que os pais não mentem, pois os perigos o rondarão , como o das drogas, por exemplo. A confiança na verdade do pai é fundamental. Então nunca minta para seu filho. A pior verdade é melhor do que a melhor mentira. Faça-o viver neste mundo da verdade. Não há nada mais frustrante do que conversar com alguém que não olha para você , não é? Então pare tudo e olhe nos olhos dele e o ouça com qualidade em qualquer ocasião. C.Gustav Jung (psiquiatra) diz que ”a base da educação é aprender a cooperar”. Não espere que vá operar com facilidade, quem anteriormente não fez” estágio” cooperando. Para ouvir, pai e mãe têm de acalmar sua ansiedade e acreditar que não é conversa jogada fora, ou tempo perdido.Criança tem o poder de fazer filosofia, pois se atreve a falar sem julgamentos prévios, e como tal deve ser incentivada. A cada idade seus assuntos com a profundidade que a idade determina. Pergunte-lhe sobre o seu dia, em casa, escola, o que aprendeu, do que mais gostou Tudo pode e deve ser falado. Quando pequena, com poucas palavras. Busque assunto inteligente, não conteudista, das vivências. Eu vi uma menina de 2 anos dizendo na língua infantil,( com aqueles errinhos básicos) que estava “nervosa” porque tinha muita gente na casa. Ela conseguiu identificar a causa da angústia que a fez agredir o pai com seu bichinho de pelúcia. Por favor, leitor, criança não precisa de namorado e sim de amigos, essa conversa é no mínimo o retrato da falta de conteúdo inteligente do adulto. Não é hora de erotiza-la, tudo a seu tempo.. O que gostaria de frisar é que falamos aqui em diálogo, isto é, dois falam. Há pais que gostam de falar sozinho, ou ouvem sem interesse e em silêncio. Podemos aprender muito com os filhos, basta nos colocarmos numa postura de aprendentes também nessa jornada tão difícil e delicada, bastante longa. Quando vamos parar de falar com um filho? Essas são algumas medidas para traduzirmos aquela simples e sábia frase do início, não suscite a ira de seu filho, e sem motivo para se defender de você, claro, ele lhe respeitará. Sabedoria antiga... Bom trabalho!

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