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HERÓIS - MITOS, ARQUÉTIPOS


“O homem está apto a resolver problemas, mas não pensa que isso é natural”. “O mais natural é criá-los” Nicia Tavares Esatava refletindo em como abordar com você, leitor amigo,a postura com a qual nos colocamos para enfrentar a vida. Então resolvi abraçar o mito do herói como o companheiro da nossa reflexão neste mês, por ele ser o personagem mais comum e conhecido do planeta. O herói guarda uma forma universal. Em qualquer parte do mundo ele aparece, quase sempre de nascimento humilde, de uma força física mental ou emocional sobrehumana, uma ascensão ao poder e notoriedade, sua luta é triunfante contra as forças do mal, e sua fraqueza pode aparecer em algum momento, fruto do orgulho. E como nada é para sempre, seu declínio por motivo ou de traição, ou por sacrificar-se mediante alguma causa, põe fim à sua vida. Antigos heróis, Aquiles tinha seu calcanhar vulnerável, Sansão foi traído e teve cortados os cabelos, Moisés dá a vida vagando quarenta anos pelo deserto para salvar o povo hebreu e não vê a terra prometida. Os heróis recentes também seguem essa ordem, e Mandela fica vinte e cinco anos de sua existência preso e também perde a família para organizar um país dividido pelo racismo. Ghandi faz uma revolução libertária sem derramar sangue, Superman leva à cadeia vilões que iriam controlar o planeta. E você poderá lembrar agora de muitos e tantos heróis. Quem é o seu herói predileto? Precisamos lembrar que uma certa tutoria acompanha essas histórias, quando o herói que ainda não sabe quem é, titubeia, tem uma fraqueza inicial, há sempre uma boa alma “guardiã” que o ajuda a realizar as tarefas “sobrehumanas” iniciais que seria impossível executar sozinho. Bem, como você é muito inteligente, está entendendo que quero falar da sua jornada de vida, do seu dia a dia incansável, da sua luta pela existência, preservação da família, luta pelo bem. Você pode ser um homem ou uma mulher, leia-se aqui que o arquétipo do herói é o mesmo da heroína. O desenvolvimento do mito do herói, surge quando há a necessidade do ego ficar mais forte, pois o consciente requer ajuda para alguma tarefa considerada difícil, que não pode executar sozinho. Não vamos dizer que o indivíduo era covarde, mas é como uma condição de covardia, pois vai deixando o problema se alastrar e continua alheio a ele, até que não dá mais para continuar nessa estrutura, e um rompante de coragem penetra em si. Precisa nessa hora aproximar-se de uma fonte de energia que está no inconsciente, o arquétipo do herói, que é inicialmente formado pela figura parental de pai, mas aqui supera isso, vai além da figura que tem do pai, com a qual muitas vezes ele discordou, é a integração dessa figura do pai como aceitável e boa, a figura do adulto maduro e centrado, juntamente com a figura do velho sábio. A finalidade está em liberar a energia necessária para uma imensidão de tarefas humanas que podem formar as dificuldades ou os tais problemas, que podem perturbar a paz, provocando ansiedade estresse e fracassos. As atitudes do herói, são sempre tomadas sob algum tipo de pressão, porém, são sensatas e funcionam objetivando o resultado favorável ao cumprimento das tarefas árduas que lhe foram impostas. E se aconselha com seu velho sábio, isto é, sua estrutura de “self”( uma ordem interna da psique) onde as interpretações são mais claras e livres dos processos do egoísmo. Acredito que já temos elementos aqui suficientes para você se perceber como herói...” ou como vítima”, caso esteja agindo contrariamente a esse prisma. Basta você não acionar o herói que há dentro de você e terá o comportamento inicial estabelecido e congelado, o do covarde. Quero ressaltar que o herói não é um “garotão crescido”, ou (menina mimada ) lotado de seus mimos, de seus quereres, e de suas vontades. Ele não necessita submeter as outras pessoas aos seus caprichos para sair-se bem nas empreitadas. Não existe insegurança e nem espaço para lamentações. Ele não se importa com o que pensarão dele, mas sim com o resultado positivo do seu intento. E poderá levantar uma coleção de admiradores dos seus feitos, mas também poderá levantar alguns invejosos de seu poder e determinação. Esses invejosos são os vilões das histórias do herói, que sem a mesma coragem, e com raiva por não alcançá-lo, querem destruí-lo , e espero leitor, nunca seja esse o seu caso. Agora, se ficar no papel do covarde, provavelmente você será uma vítima da sua história, não a construirá, ficará indefeso. É ruim, não é? Mas tem um ganho secundário, pois terá a vantagem de despertar a comoção geral nas pessoas e passarão a mão na sua cabeça, dizendo, Ó. COITADO ..., que azar! E será o que o acaso fizer de você, provavelmente dor e lágrimas combinarão bem com você neste contexto. Pode ser uma escolha, mas não será admirável, será sem graça até para o vilão. Paremos para pensar, como é difícil permanecer íntegro aos seus princípios neste mundo de injustiças e indelicadezas, de corrupções, ladrões e assassinos. Como é difícil ganhar o sustento,fazê-lo render por 30 dias, pagar a moradia, ficar de olho nos filhos, na saúde, na parcela que vai ao Leão, no político que só aprova em causa própria, resolver os N problemas familiares, ser paciente, sensato, decidido, etc. UFA!! Socorro!!! Vista sua capa, aquela do seu herói predileto, seu próprio Eu, e acione o herói guerreiro e valente que consegue sobreviver e fazer seu lar em qualquer lugar deste planeta, permeado por alegria, prosperidade e paz.Esse é o maior desafio constante na vida!!! O herói está pronto, mas não decola, falta coragem... acione o guardião! Segura na mão Dele com fé, e vai. Ele te ajudará deflagrar a força necessária para vencer os obstáculos mil que poderão surgir. Não há vida sem problemas, e não há resolução de problemas sem bravura. E que Deus nos acompanhe. matéria publicada no jornal dia 10 de maio de 2013

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