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COMPLEXO DE INFERIORIDADE É A ETERNA CRIANÇA


“ O que a criança necessita é do afeto,amor e presença dos pais, da família, o que a tornará confiante e contribuindo ao seu desenvolvimento” Roberto Shinyashiki


Vi uma propaganda de cerveja onde numa praia, uma linda mulher convida de longe um rapaz para tomar uma cerveja com ela. Mediante o espanto ele olha para todos os lados e tem muita dificuldade em entender o recado. Todos os frequentadores da praia já se posicionaram ao lado da mulher para fazê-lo entender o recado, até que ele consegue entender, e mesmo assim, quando entende, não acredita que o recado era para ele! Olha só o tamanho do sentimento de inadequação! O rapaz está em condição psicológica onde sente-se menor que os outros, por não se acreditar bom. E se coloca numa situação onde se miserifica e ao mesmo tempo se adula.

Alfred Adler em 1920 diz que esse sentimento é maior na infância, pois ele depende de outros, e explica que há um conflito entre: o desejo de reconhecimento e o medo da humilhação. E geralmente se inicia na infancia , do cuidado físico e amoroso da mãe na interação com o filho. Surgirá o sentimento de valor ou dignidade que uma pessoa atribui a si mesma.

“Em todo adulto espreita uma criança –uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita cuidado, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa” C. Gustav Jung.

A falta de amor vivida na primeira infância implica em graves transtornos na vida futura. E a negligência no cuidado e amor materno produz o indivíduo que não acredita em si mesmo e nem no amor do outro, provocado por sentimento de vazio que gera ansiedade.

Da relação amorosa com a mãe, após o primeiro ano de vida, a criança entra no arquétipo da grande mãe, pois sua psique primária vivencia prazer, compensação, segurança, e proteção – para experimentar a proteção de continuidade da existência. Próximo dos quatro e cinco anos a criança toma consciência do próprio EU e surge então a psique individual

No entanto o abandono, falta de amor vivido, gera ferida no SI mesmo infantil.

Nossos pontos fortes e fracos geram emoções que podem ser positivas ou negativas. A inferioridade é um desequilíbrio emocional em que as crenças em si próprio desaparecem deixando-nos ficar mais impacientes, julgadores, infelizes com angústia, cansaço e agitação. Conflito interno entre a sombra e a persona.

Cabe aqui explicarmos sobre a Sombra, que é a imagem de nós mesmos que reprimimos e afastamos da consciência; e sobre a Persona que é o oposto à Sombra, são as adaptações que o indivíduo utiliza para lidar com o mundo social em que vive.

E quando adulto, sentirse-á paralisado pela vergonha, ansiedade e pela culpa.

Se miserifica, e ao mesmo tempo se adula; não tem possibilidade de sentir graça; e o quanto ele faz contra ele mesmo é muito triste. Está sempre numa condição de que sente ser menor de qualquer outro. Se houver algo que piore o quadro, como discriminação, sofre mais ainda. E falta de acesso à educação é outro fator responsável para agravar o problema.

Em geral são agressivos, podem tentar dominar, há falta de sentimentos positivos em relação aos outros destacando ainda mais os erros das pessoas. Alguns evitam reuniões sociais e até se isolam da sociedade.

A criança ferida está no comando!!!!

Como melhorar?

Os pensamentos precisam melhorar, cuidar para pensar positivamente, sem medo de contratempos.

Deslocar a atenção exagerada que dá `as suas fraquezas, colocando atenção maior nos seus pontos fortes.

Um pensamento bem legal que pode ser alentador é lembrar sempre que podemos melhorar a cada dia, não somos peças congeladas, e nosso trabalho, educação, carreira, relacionamento, estarão cada vez melhor se a pessoa quiser.

Sentir-se mais bonito por fora, fará o mundo o perceber melhor, e isso ajuda.

Há necessidade em selecionar companhias, pois pessoas, por serem deprimidas ou com pouco entusiasmo para a vida, poderão fazer com que se sinta pior ( ou aprende a lidar ou evite).

Mas essas dicas só funcionam se a pessoa QUISER sair da sua condição de vítima, abandonando a sua miserabilidade e abraçando o desejo de ser melhor a cada dia. Alguns precisam de orientação de profissionais de psicologia para tal.

Faça um teste, leitor ou leitora, consigo mesmo pensando no comercial citado e tente imaginar como se sentiria de verdade para pensar na sua autoestima. Se algo lhe parecer incomodador, pode ser que tenha uma criança ferida e descontrolada no comando da sua história.

Matéria publicada no jornal em abril/2018



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