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O EXEMPLO DOS REIS MAGOS



Desde a infância, quando ouvia o relato sobre os três reis magos que seguiram a estrela para encontrar o menino Jesus, ficava muito pensativa.

Algo que não pode faltar no presépio lá de casa, além da sagrada família, são eles, juntamente com os seus camelos.

A pergunta era por quê eles se sacrificaram enfrentando os perigos e situações desconfortáveis do deserto? E por quê eles eram magos?

Com o advento da internet pude saber mais sobre eles. E a pequena pesquisa que tenho refere-se às descobertas pelos estudos de Padre Miguel Fuentes, do Instituto do Verbo Encarnado.

Diz ele que “magos” eram os sábios na antiguidade, eram homens sábios que vieram do “Oriente”. Oriente pode se referir à Arábia, Mesopotâmia, ou algum lugar da Palestina.

Diz ainda que provavelmente eram instruídos em astrologia ou em ciências da navegação e cálculo , pelo fato de serem” guiados por uma estrela, por meio das configurações estelares”

Também não deixou de pesquisar sobre uma casta sacerdotal na Pérsia, que segundo Estrabão, eram zelosos observadores da justiça e da virtude. E segundo Cícero, são a classe de sábios e doutores da Pérsia. E ainda Tertuliano sugere que eles eram “quase reis”.

Porém,continuando segundo Fuentes, no século VIII é que receberam nomes de“Bithisarea, Melchior,

Gathaspa”. E ainda não se sabe quantos eram , porém, sabe-se que ao nascer um rei, ele deveria receber ouro, mirra e incenso. O ouro representando a realeza, incenso usado em atos de purificação, aspecto divino, e a mirra que demonstra o aspecto humano, pois era usada para embalsamar. .

E com a finalidade que se entendesse melhor, o fato é que saem de lugares distantes, encontram a cidade onde o nascimento ocorreria, procuram o rei nascido no palácio, porém falam com a pessoa errada, Herodes, (que O procurava para matá-lO), se dão conta dos fatos e saem em nova pesquisa, e procuram, até encontrarem o Menininho, algum tempo depois de seu nascimento, dignificando-O com presentes Reais, em atitudes de obediência e veneração.

Que exemplo, além do relato todo, eles nos trouxeram?

Eles não possuiam fé cega, pois eram estudiosos dos mistérios e ciências da época, sabiam do nascimento, sabiam andar sem perder a direção; dizendo a nós que conhecimento é bom pois nos faz não só ver, enxergar, mas entender e identificar os sinais, evoluindo a fé.

Eles não ficaram sentados olhando para cima, adorando o sinal revelado pela estrela, pois ao perceberem um astro diferente, entendiam que deveriam “navegar” muito, em areias quentes, em noites frias, sem exitar, sem medo, sem cansaço, encontrando forças nas suas convicções, não desistir e chegar até onde saberiam, estaria Ele, o alvo de sua busca.

Tinham sabedoria para calar, uma vez que embora um rei, não havia nascido naquele palácio, muito provavelmente era de outro reino,e sua vida corria perigo . Foram embora por outro caminho, esquivando-se das maldades, maledicências e brutalidades possíveis do percurso conhecido, guardando segredo.

Olha só, pessoas sábias, magos, ensinando ética maravilhosa, perfeita. Principalmente dando exemplo de DETERMINAÇÂO. Reflexão Como são a nossa ética e nossa determinação hoje?

Vivendo com vigor a verdadeira fé, aquela com conhecimento, com o coração obtendo vitória. Como está o nosso conhecimento e o que fazemos com os sentimentos que brotam do coração? São bons e construtivos?

E a prática da fé, correndo atrás do sinais que se apresentam na nossa vida, fazendo a parte da grande caminhada, pelo deserto que queima e que congela muitas vezes na caminhada do dia a dia, sem preguiça, e com convicção. Como está a nossa fé?

Neste ano, podemos usar o exemplo dos” três reis sábios”, para avançar mais no auto melhoramento enquanto pessoas, enquanto cidadãos, enquanto católicos.

Que sua oração em 2020 encontre resposta porque você detém fé!

Matéria publicada no jornal dezembro/2019


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