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COMO POSSO TE AJUDAR?




Como podemos ajudar as pessoas? Porque ajudar? O que acontece com quem é ajudado?

O mundo com suas formas de desenvolvimento peculiar a cada Nação provoca muitas desigualdades, a ponto de uma parcela significativa de pessoas passarem fome. Dados do relatório mundial sobre a crise alimentar apresentados em setembro de 2022 indicam que a cada 4 segundos uma pessoa morre de fome no mundo. No Brasil 33.1milhões de pessoas não tem garantido o que comer. Não é de se estranhar que a maioria dos investimentos que são feitos pela população voluntária no Brasil sejam voltados para essa questão – matar as fomes para que não morram as pessoas.

Mas nessa reflexão quero direcionar o pensamento para o que antecede e permite que se instale a fome – a desigualdade de oportunidade de entrar em contato com conhecer, saber. Podemos atrelar à ignorância uma espécie de congelamento das ações dessas populações perpetuando assim um estado quo. E qual a cesta básica que poderíamos utilizar para preencher essa lacuna, e que seja antes da fome, como voluntários? Há 40 anos conheci um senhor que me contou essa passagem:

“Ele era filho de imigrantes italianos trabalhadores em fazenda de café. Seus pais o levavam para a lida diária. Certo dia a fazenda recebeu um visitante importante. Pequenino aos seis anos enrolou um jornal velho em um galho de árvore e brincava de espada. O homem deixou a conversa dos adultos, foi ter com ele e perguntou seu nome. Silvio, ele respondeu. O homem sorriu e disse olhando firmemente seus olhinhos espantados: “Eu vejo aqui um futuro militar, um general.” Você vai ser um general.”

Essa conversa mudou o rumo daquele menino que ao crescer entrou na academia do Barro Branco e chegou a coronel da polícia Militar do Estado de São Paulo. E assim como o visitante, se doar seu tempo e seu conhecimento estará fazendo um enorme bem. A qualquer momento surgem oportunidades nas ruas, em qualquer lugar e situação se consegue elogiar e incentivar as pessoas. Principalmente as crianças. Desde doar sangue e leite materno, ou a cartinha para o papai Noel dos correios, incentivar um amigo, um desconhecido, um prestador de serviços, o vizinho. Esse tipo de voluntariado não necessita bagagem objetiva, não há o que levar, está tudo guardado no coração. É um desejo que move o voluntário espontaneamente, sem esperar recompensa e sem plateia. O que ganha com isso?

Aumento da auto estima, sensação de satisfação, pratica a empatia, melhora quadros de ansiedade social, melhora a competências de trabalho em equipe, aumenta a socialização. Fazer o bem faz bem à saúde, é o que diziam, porém essa frase está cientificamente comprovada na prática. Pesquisas mostram que atos de gentileza ajudam no bem estar e na saúde. Ações altruístas ativam áreas do cérebro ligadas ao prazer e recompensa. A área conhecida no cérebro como “sistema de recompensa” é ativada, além do córtex sub genual e a área septal. Essas 2 regiões são relacionadas aos sentimentos de apego e pertencimento. Pesquisas na Universidade de Michigan mostram que a taxa de mortalidade é menor entre pessoas que praticam voluntariado, por motivação, sem pensar em benefício próprio.

Em Harvard estudos em Business School avaliou também em 136 países que os altruístas são mais felizes em geral. E no Canadá a pesquisa mostrou que pequenos atos de bondade ajudam a melhorar quadros de ansiedade.

A ideia que passa ao lermos essas pesquisas é de que há uma troca fantástica entre o que pensa que dá porque recebe muito; e o que pensa que recebe, porque é ele que propicia a oportunidade do voluntário melhorar verdadeiramente, expandindo sua mente capacitando-o a saúde geral, corpo, mente e coração. Então inicie com vigor essa troca de energia e bem estar. Doe espontaneamente seu conhecimento e seu tempo. Pode acreditar que vai ajudar na diminuição da fome no Brasil ensinando onde está a vara de pescar. Meu incentivo é: certamente conseguirá.

Quem tem coragem de fazer o bem, tem que ter a sabedoria de suportar a ingratidão.

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