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Convivendo com a Geração Floco de Neve.


“Tenho uma fraqueza sentimental pelos meus filhos como pode ver. Eu os estraguei, eles falam quando deveriam ouvir” Dom Corleone


Augusto chegou finalmente ao vestibular, mas a família tem poucos recursos para mantê-lo numa faculdade particular. Filho de pais separados, a mãe sempre fez o melhor por ele, e consegue uma colocação para que trabalhe numa faculdade onde teria bom desconto no curso, e seria viável para a família. Ele vai a contragosto, não era o que gostaria de fazer. E antes do meio do ano, diz para a mãe que não aguenta mais. Sente-se exaurido, trabalhar seis horas, e estudar andando de ônibus, com dificuldade em se alimentar como gostaria, não dá! Sua mãe se compadeceu. “Está bem filho, daremos outro jeito para que você estude.” Está desempregado e não faz curso profissionalizante, há 4 anos.

Se você leitor for geração pós- guerra, ou mais recente, a geração cristal, índigo, pode entender que a maioria dos jovens passou por isso em algum momento. E sobreviveu bem. Então, o que aconteceu com Augusto?

Estamos falando da geração dele, “floco de neve” – jovens adultos que não sabem ouvir ‘NÃO”. Criança mimada, cujos pais não foram capazes de estabelecer limites, não souberam como disciplinar, e não suportam ver a frustração dos filhos. Estão sendo denominados de “pais helicópteros”, sobrevoando, atendendo prontamente qualquer desejo, e protegendo bravamente de qualquer perigo. Então, se a criança teve nota ruim, a culpa é da professora; se levou advertência, ou o amiguinho é culpado, ou a escola é muito rígida. Agem para chamar a atenção,

Vamos antes pensar sobre um fato ocorrido nos EUA, alunos de 3 ano ensino médio numa das melhores escolas, Wellesley High School em Massachusetts. Em sua formatura ouviram o discurso do professor de língua inglesa, David McCullough, logo no começo: “Adultos ocupados mimam vocês. Os beijam, confortam e ensinam; treinam, os ouvem, consolam, encorajam de novo. Mas não tenham a ideia errada de que vocês são especiais porque vocês não são – e repetiu a frase – você não são especiais nove vezes. Ele foi amplamente aplaudido por ter coragem de dizer que eles não eram o centro do universo. Eles não são a “realeza” como seus pais os tratam.

O psicólogo Kedd Campbell da Universidade de Geórgia afirma que: “Eles precisam entender que seus filhos são especiais para eles, não para o resto do mundo”.

Temos então jovens mimados gerando adultos fracassados. Eles já existiam antes da pandemia, -nemnem – não estudam e nem trabalham.Tiveram tudo sempre nas mãos, e podem tornar-se inseguros, sem capacidade para realizar ações sozinhos. Sofre com problema de autoestima: -tornam-se frágeis, boazinhas e tímidas, ou ao contrário, tiranas, rebeldes e egoístas.

Criam percepção totalmente irrealista de si mesmo e de seus talentos. Na idade adulta pensam ser o “supra sumo” no trabalho, aqueles colegas que “se acham”.

Parece que a educação moderna criou adultos que se comportam como bebês.

Ainda segundo Campbell,é uma epidemia narcisista que já havia sido descrita no ano de 2009.

Os pais os tratando com crianças sempre, na verdade usam como desculpa - colocar regras, só que os limitam a ficar na mira dos pais por comodidade dos pais, impedindo de desenvolverem independência e auto defesa. Por isso podem enxergar esses pais como inimigos.

Podemos observar que os jovens estão com o caráter subentendido, pois o que dá o tom ao que eles pensam - são as vertentes que surgem na internet, os “influencers”. Isso indicando que o jovem agora não demonstra se tem caráter, e sim mostra a diversidade, ambiguidade, confusão, mudando características de “perfil.” Deve-se levar em consideração que nossos dados virtuais servem para muito mais do que ao comércio, e o alvo são os indecisos. (assista o filme Privacidade Raqueada) Um prato farto para a manipulação, que pode ser ou não saudável, ética, moral, ou infracionária.

Campbell conclui dizendo que “pais que criam filhos mimados, carregarão o fardo eterno de serem babás deles até a morte!”

Amigos, a luta não é só dos pais, a união para disseminar informações positivas é pertinentes em tempos tão calamitosos como enfrentamos. Mudar é complicado, mas se acomodar é perecer.

Pai-Mãe, sejam vocês. Fale a verdade, não banque o herói, diga o que sente. O foco deve ser além das lições escolares, faça com que tenha outras conquistas. Lembre sempre que – porque sim não é resposta. Elogie se merecer. Estabeleça rotina, comer, dormir, estudar, internet. Não o idiotize tratando-o como criança. Conte como chegou àquela decisão.

Nós sabemos que é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais. Se a criança for educada pelo amor, se ternará semente de uma sociedade sadia.

“Nós, os pais, sempre acreditamos nas mentiras de nossos filhos. Mas os nossos filhos não acreditam nas nossas verdades.”



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