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Nasceu a criança – nascem os pais e nascem os avós.



Os tempos modernos colocam os avós num lugar destacado, pois várias famílias dependem da renda mensal de aposentadoria deles, bem como em rede de apoio, força tarefa cuidando de netos enquanto os pais ocupados trabalham. Mas sabemos que esse cenário está longe de ser um mar de rosas. Tem-se um encontro do passado, presente e futuro em relações profundas, onde confusões podem acontecer e também provocar conflitos desnecessários, desencadeando rupturas nas relações, por vezes permanentes. No entanto essas relações necessitam de muita paciência e tolerância, além de generosidade e perdão.

No geral, os pais estão em grande maioria perdidos por insegurança, imaturidade, posicionamentos radicais que causam desentendimentos, choque entre as gerações. Isso porque desde que os avós criaram seus filhos, os conceitos sobre crescimento infantil mudaram muito. E os avós podem discordar dos pais, dizendo que os criaram dessa forma e estão vivos.

Num breve olhar os avós precisam estabelecer seus lugares, já tiveram a chance de criar filhos, agora os pais estão nesse direito de fazê-lo do seu jeito. É preciso entender que nasceu o avô e que não é o pai.

Essas fofas e tão doces criaturas os netos, sabem seduzir os avós, que normalmente são aliados das crianças. E por vezes mentem para os pais. Mesmo que seja uma situação fugaz, não é certo. Precisam ser aliados dos pais e não subverter o funcionamento familiar, causando transtornos. Os pais por sua vez estão em idade de mostrar o que podem e sabem, e a crença que a velha geração não sabe.

Nota-se que é possível acontecer aos avós agressões verbais ou físicas de pais mais exaltados, mas isso não é aceitável seja como for a situação. Houve o despertar da curiosidade para entender porque essas agressões ocorrem.

Alguns estudos da neuropsicologia segundo pesquisas na Universidade São Paulo, começa traçar um perfil para esses agressores e revela: na maioria eram os filhos com predominância do sexo masculino, com mais de cinquenta anos. São tímidos tem dificuldade de se comunicar, e passaram por vários momentos traumáticos que condicionam as suas emoções e ações. Apresentam problemas de autoestima, desconfiança, sentem-se rejeitados, incompreendidos e já foram agredidos anteriormente. A outra classe de agressores são pessoas com distúrbios e doenças mentais tratados pela família e sociedade de forma discriminatória, o que potencializa comportamentos errados (Assista o filme - Joker, Coringa em português).

Visando um bom entendimento fora do contexto de patologias, podemos elencar algumas dicas interessantes para avós lidarem melhor com seus filhos netos:

- Não critique genro e nora, pois são os pais de seu neto.

- Mães recentes precisam de compreensão afeto, faça algo para agradar.

- Você está na casa do filho ou filha, não é sua, seja educado, não seja invasivo.

- Antes de sair fazendo, pergunte o que a pessoa necessita.

- Se não tem como ficar com a criança, não se ofereça.

- Seja transmissor da cultura e dos costumes da família, conte de onde vieram quem foram, e outras histórias.

- Nas discussões divergentes, não se exalte, termine logo o assunto, e não queira ter razão. Isso não tem importância.

Uma ressalva deve ser feita sobre as avós por parte do pai da criança. Pode acontecer uma forte ligação com a outra avó, pois os hábitos são mais parecidos com os da própria mãe, e porque normalmente mãe e filha ficam mais tempo juntas do que mãe e filho. Essas avós sofrem o fato de curtir menos a criança. Mas a serenidade contará muito, e vai fazer só o que a situação permitir. Caberá ao pai da criança perceber a situação e organizá-la introduzindo a avó paterna na relação.

“Idosos com dinheiro nunca são esquecidos, os sem dinheiro precisam ser ao menos úteis se seu filho não descobriu o seu significado”.

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