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OS SONHOS SINALIZAM O CAMINHO A SEGUIR.



“OS SONHOS SÃO A VIA RÉGIA PARA O INCONSCIENTE” SIGMUND FREUD


Já abordamos sobre os sonhos e sabemos que são conteúdos só do sonhador, como se fora um feixe de informações vividas, vistas, ouvidas e pensadas. E acredito que ficou claro que o sonho, na abordagem de Jung, só tem sentido quando analisado por quem sonhou, e pode ou não ser acompanhado por seu psico terapeuta. E que além do conteúdo deve se considerar o sentimento, as impressões que aquele sonho produziu durante, e após, quando o sonhador acorda.

Para exemplificar vou narrar aqui dois, dos sonhos que tive com meus filhos quando ainda eram adolescentes.

No primeiro sonho, estava numa praça em frente a casa que morávamos, eu com o filho mais velho que chegara aos 14 anos, abraçados. Meu sentimento era profundo, como se ele fora a pessoa que eu mais amava, ou um namorado, mas... Não havia conotação sexual na cena e nem nos sentimentos. Na vida real ele era um pouco mais alto do que eu, porém, no sonho, ele era bem mais alto. Nós olhamos dentro dos olhos com firmeza, ele calado, eu disse: “Estamos acertados então – se você não me ligar, eu não te ligo”. Ele sorriu eu sorri e acordei.

No segundo sonho, eu estava desesperada vendo o filho do meio, que completara 12 anos, num labirinto cujas paredes eram altas, como 2 metros. Ele fugia de uma pantera negra pulando esses muros, eu o via de costas, e a pantera pulava na sequencia. Numa cena esta quase o alcançou, e o meu coração disparou, eu queria gritar, porém a voz não saia. Nesse momento ele pulou mais um paredão e virou a cabeça, então pude ver seu rosto. Ele sorria marotamente!!

Explicando o primeiro sonho, Eu não necessitava mais ter tanta preocupação, e aquele questionário todo que eu o submetia ao sair ou ao chegar, era agora desnecessário. Ele crescera, e não necessitava mais desse cuidado. Eu estaria tranquila a não ser que ele me solicitasse, não o incomodaria também. Cheguei nessa conclusão porque o diálogo normal naquela cena, uma mãe preocupada sem a ligação do filho, deveria dizer – “Se você não me ligar, eu te ligo”. E aquele NÃO que eu falei na frase durante o sonho, associado ao meu sentimento, fez toda a diferença. Nessa mesma manhã, mudei meu comportamento com ele, e deixei-o ir para a vida que o esperava.

Explicando o segundo sonho, adivinhe quem era a pantera negra? EU, claro! Ele estava se saindo muito bem durante minhas perseguições, pois como era muito esperto, inquieto, e arteiro, eu ficava em cima dele; porém, ele ria, pois, fosse como fosse a minha vigilância, ele se safava de todas as situações, ele dava conta daquilo que empreitava, com boas escapadas. E com essa minha atitude, eu só o fazia fugir de mim. Como não era minha pretensão tê-lo longe, mudei a minha atitude, passei a confiar nele, e as relações se estabeleceram ótimas novamente. O que me chamou a atenção no sonho: o perigo que ele corria, meu desespero observando a cena, e o sorriso maroto dele ao pular, olhando para trás e sorrindo, no sonho.

O objetivo da proposta desse artigo é, através desses exemplos, deixar pistas a você leitor, para que entenda melhor seus sonhos, e aproveite as mensagens que o inconsciente nos revela. Funciona como uma seta, apontando caminhos inteligentes, sensatos, que nós já sabemos intuitivamente quais são, mas ainda não foram para a consciência, permanecem na sombra, ocultos. Isso acontece porque muitas vezes não queremos que o curso natural se estabeleça, e colocamos nossos interesses, acima do bom senso. Mas as relações não fluem adequadamente. Até que os sonhos nos fazem a gentileza de revelar o sentido certo. No meu caso, estava ainda infantilizando, não queria acreditar que o menino era quase jovem, e no outro caso, faltava eu confiar que ele se sairia bem. Escreva os seus sonhos e depois se debruce sobre a interpretação. Boas revelações e bons sonhos.

“Sua visão se tornará clara apenas quando você puder olhar para dentro de seu coração. Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda”. Carl G.Jung

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