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UM FILHO, UMA ÁRVORE, UM LIVRO...




O leitor já ouviu essa expressão popular:- É muito interessante que faça essas três ações, tenha um filho, plante uma árvore e escreva um livro, mas por quê? O que está por trás desse pensamento? A impressão primeira a meu ver, parece um aspecto integrado no inconsciente arquetípico, isto é, faz parte do processo natural e que percorre livremente às cabeças no humano ocidental.

Vamos dar asas à imaginação e voar? Muita gente fala muita coisa, porém se essa frase é incorporada, certamente nos inspira a pensar que não é só poesia ou sonoridade das palavras. A idéia pode ser mais nobre.

Quando nasce um filho, precisa ser adotado por suas figuras parentais, sejam biológicas ou do coração. Participar da jornada do crescimento, desde o início é uma experiência fantástica a meu ver. É o início de um humano chegando à Terra por uma única e exclusiva nave, o útero fecundado. Perceber a energia, a pulsão de viver dentro da fragilidade de um ser totalmente dependente é espetacular. E será o pico na pirâmide da cadeia alimentar, um futuro dominador do planeta. O mais poderoso entre todas as espécies em todas as esferas. Está ali, embalado em braços que o ajudarão enquanto se desenvolve e aprende. É mágico, despertando em seus pais um amor diferente de tudo o que já tenha sido experimentado: O AMOR GENUÍNO que chega para ficar na maioria das vezes. E se essas pessoas conseguirem olhar a vida através desse novo tipo de amor, chegarão inexoravelmente ao entendimento de que tudo o que existe é muito importante, por isso, tudo foi criado, e deve ser cuidado: nosso habitat, a fauna e flora. O nosso Universo.

Viver em consonância com a natureza de todas as coisas, preservando e cuidando como se fora um filho. Puro sentimento de amor. Pode se plantar como o agronegócio, mas pode ser simplesmente por ações de melhoria ambiental. Ou ainda protegendo as árvores já existentes como o “Greenpeace”. Para qualquer situação sempre haverá um olhar diferenciado quando existe entendimento do que realmente é permanente. Segundo Deepak Chopra, “a experiência direta do espírito é o único fundamento duradouro para o amor.... não irá simplesmente sentir amor- você será o amor.”

E no determinado tempo de cada coisa a proteção ostensiva não se fará mais necessária, e vem o tempo de deixar ir. Deixar que o filho vá, que a sequência do plantio se regule. É quando o tempo de olhar para dentro de si clamará alto, e se poderá elencar das chances que tivemos, quantas vezes as aproveitamos bem (ou mal). O que esse amor genuíno acrescentou ao nosso olhar ao encararmos a preciosa jornada da vida, aqui, no Planeta azul, o planeta perfeito. Chegou a hora de registrar, deixar seu legado, como uma seta não a ser seguida, mas apontando um caminho individual, suas vitórias bem como suas adversidades. Experiência única, inusitada, uma inolvidável trajetória.

Rubem Alves diz: “Todo jardim começa com uma história de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro não planta jardim por fora e nem passeia por eles”.

Aristóteles dizia: “Nada existe no mundo mais belo do que a flor, nem mais essencial que uma planta. A verdadeira matriz da vida humana é a vegetação que cobre a Terra”.

Escreva então um livro. Criar é um ato solitário e com sentimentos que são individuais. Motivo pelo qual o que escreverá ninguém escreveu antes e nem escreverá depois. Empreste sua mão ao ato de deixar vir seu interior. Estará só ao penetrar um lugar em ainda não esteve. Seus erros, loucuras, inseguranças, com momentos de insanidade, ou de iluminação. Mas é seu EU sem censura.

Sua consciência é sua contribuição para a realidade.

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